Deonísio da Silva é autor de mais de 30 livros
O escritor e professor catarinense Deonísio da Silva foi indicado pela Academia Internacional de Escritores Brasileiros para o Prêmio Nobel de Literatura de 2022. Ele é titular da cadeira 5 da Academia Catarinense de Letras e integra a Academia de Ciências de Lisboa.
A notícia da indicação foi divulgada quando do anúncio de que o honroso título literário mundial foi conferido à escritora francesa Annie Ernaux.
Deonísio da Silva é autor de mais de 30 livros, vários deles publicados também no exterior, e agora passa a integrar a seleta lista de nomes indicados para o Nobel de Literatura, como Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade.
Nota oficial da Academia, escritor Salomão Ribas Junior, destacou o fato histórico da literatura e da cultura de Santa Catarina, prestando homenagem ao premiado escritor, um dos mais ativos participantes dos eventos da Casa de José Boiteux.
Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, o catarinense é um dos maiores conhecedores da origem das palavras, tendo lançado “best-sellers” por várias editoras. Depois de dirigir editoras universitárias, vem atuando também como editor no Grupo Editorial Almedina, onde está apresentando vários escritores catarinenses, que estão sendo publicados no Brasil e em Portugal, entre os quais Miro Morais, Moacir Pereira e Péricles Prade; mas não apenas da Academia. Este ano estreia, por exemplo, a revelação de autora, a catarinense Elza Galdino.
Entre os livros com maior sucesso de Deonísio destacam-se “Avante, soldados: para trás”, “Teresa D’Ávila” e “Stefan Zweig deve morrer”, Deonísio não é iniciante em grandes premiações.
A obra “Avante, soldados: para trás” foi agraciada com o Prêmio Internacional Casa de las Américas, título cujo júri contou com a presença José Saramago, vencedor do Nobel de Literatura de 1998.
Um de seus livros mais disputados nas livrarias, academias, universidades e em outros circuitos culturais é “De onde vêm as palavras”, com 1.192 páginas, que está na 18ª edição pela Almedina.
O Prêmio Nobel foi criado pelo químico e empresário Alfred Nobel. Inventor da dinamite em 1867, o sueco doou a maior parte de sua fortuna em testamento para a criação de prêmios de física, química, medicina, literatura e paz. O prêmio de economia foi criado anos mais tarde.