Sabe de onde vieram essas palavras?
– por Deonísio da Silva
A palavra ASSASSINO veio do árabe haxaxyn, consumidor de haxixe, erva-seca, porque o Velho da Montanha, líder de uma seita de fanáticos, drogava seus discípulos antes de eles roubarem e matarem cruzados e peregrinos a caminho da Terra Santa.
Seu ALGOZ, de uma tribo chamada GOZZ, que fornecia carrascos, deu-lhe SENTENÇA de morte, do latim sententia, palavra ligada ao verbo sentire, sentir.
Assim, o castigo veio a CAVALO, do latim vulgar caballus, que no latim culto é aequus, que deu égua em português, mas, no turfe, recorremos ao grego hyppos, como em hipódromo (compondo com dromos, correr).
E depois vieram sambódromo e camelódromo, assim como crack, craque, o cavalo que vencia todas, designou o jogador de futebol de raro talento. E outro “crack” designou outro tóxico, ainda não aportuguesado…
DEFUNTO é quem está pronto. Veio do latim defunctus, pronto.
ARQUIVO, do grego arkheion, pelo latim archivum, palácio, residência de autoridades e de juízes e onde eram guardados os documentos. Etc.
Essas e outras histórias acerca das palavras, com as quais amamos ou odiamos, admiramos ou invejamos, nossas ferramentas de trabalho, meios de expressão, instrumentos e armas, estão na 18ª edição de De onde vêm as palavras: origens e curiosidades do português, publicada em 2021 no Brasil e em Portugal pela pelo Grupo Editorial Almedina.